Em tempos de crise econômica, política e social, torna-se importante o debate sobre as perspectivas e propostas de soluções para crises específicas que o setor energético encara nesse contexto de total instabilidade econômica. O XVII CBE - Congresso Brasileiro de Energia, que veio com a proposta de fomentar essa discussão, aconteceu nos dias 21 e 22 de novembro de 2017, na cidade do Rio de Janeiro.
As pesquisadoras Silvia Schaffel (Engenheira Naval e pós-doutoranda em Planejamento Ambiental pelo Programa de Planejamento Energético PPE/COPPE/UFRJ) e Fernanda Westin (Turismóloga e Licenciada em Geografia, pós-doutoranda em Planejamento Ambiental pelo PPE/COPPE/UFRJ), representantes do LIMA/COPPE/UFRJ escreveram um artigo para o evento, apresentando o tema “Sinergias entre Geração Eólica Offshore e Exploração Marítima de Petróleo e Gás”. Como co-autor e coordenador, estava o Prof. Dr. Emílio Lèbre La Rovere, que é Doutor em Economia pela Universidade de Paris e Professor Titular do PPE/COPPE/UFRJ.
Segundo os autores, o Brasil possui um dos maiores e melhores recursos eólicos do mundo. Mesmo assim, a exploração dos potenciais eólicos onshore é priorizada, pois apresenta um custo de produção menor, de forma que a implementação de usinas offshore ainda está no ramo de projetos. O curioso é que a geração de energia eólica offshore cresce na Europa e apresentou uma baixa nos preços, que ficaram abaixo do que os da eólica onshore em alguns contextos.
Com base nessas informações, os autores percorrem paradigmas relevantes da geração de energia eólica offshore, comentando a evolução do setor, sua capacidade de redução de custos e a relação dos ajustes legais relacionados aos impactos na questão ambiental e a situação dessa forma de geração de energia no Brasil. Isso, até chegar ao ponto chave da discussão, que é a questão das sinergias entre geração eólica e de Petróleo e Gás offshore.
O tema oficial do XVII CBE – Congresso Brasileiro de Energia foi “Planejamento Energético e Novas Tecnologias” e a intenção do debate sobre as questões levantadas reflete a busca de uma nova perspectiva de visão do futuro, a médio e longo prazo, para termos específicos do setor energético.