Sob a orientação do professor Emilio La Rovere, pesquisadores do LIMA fornecem uma contribuição importante para o debate sobre o licenciamento ambiental das atividades de exploração produção de óleo e gás no Brasil, que passa por um momento desafiador atualmente, em função das negativas do IBAMA ao deferimento do pedido de licença de perfuração solicitada pela Petrobras, na Bacia da Foz do Amazonas, localizada na margem equatorial do país, região de nova fronteira exploratória.
A pesquisadora do Programa de Planejamento Energético da COPPE, e professora colaboradora da Escola Politécnica da UFRJ, Jacqueline Mariano, liderou a pesquisa que originou a publicação do artigo "GIS- based modeling of the environmental vulnerability of theAmazon region to the upstream oil and gas activities" que saiu na edição de dezembro da revista da IAIA – Impact Assessment International Association – a Impact Assessment and Project Appraisal. O trabalho contou com a participação dos pesquisadores do LAMCE – (Laboratório de Matemática Computacional do Programa de Engenharia Civil da COPPE, coordenado pelo Professor Luiz Landau) – Adriano de Oliveira Vasconcelos e Patricia Mamede da Silva, e com o pesquisador do LIMA, Maurício Hernández.
O artigo apresenta a proposta de uma metodologia integrada para a determinação da vulnerabilidade ambiental de áreas sedimentares às atividades de exploração e produção de óleo e gás natural, desde a pesquisa sísmica até o descomissionamento das instalações, e é destinada especificamente às avaliações ambientais estratégicas de áreas sedimentares. Como estudo de caso, a metodologia foi testada na bacia terrestre do Solimões, e os resultados obtidos sugerem a viabilidade de sua aplicação, destacando a vulnerabilidade de diferentes receptores ambientais e apontando as áreas de menor vulnerabilidade e que seriam mais adequadas à expansão sustentável das atividades da indústria.
Trata-se de uma ferramenta de apoio ao processo de definição de áreas de interesse exploratório para as futuras rodadas de licitação promovidas pela ANP, que tem por objetivo contribuir para a minimização de conflitos durante o processo de licenciamento ambiental e dos riscos aos investidores.