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18 05 Lima Noticia energia eolicaPublicado em 18 de maio de 2020.

O pesquisador do LIMA/COPPE Mauricio Hernandez e o Prof. Emilio La Rovere, em parceria com pesquisadores do Grupo de Energias Renováveis do Oceano (GERO), desenvolveram uma análise técnica e ambiental sobre os impactos decorrentes das atividades de energia eólica offshore no mundo e no Brasil, em particular. A análise teve como base o estado da arte tecnológica e ambiental, considerando os possíveis impactos disponíveis na literatura científica.

A análise técnica focou nas tecnologias e técnicas utilizadas atualmente no mundo nas atividades de instalação, operação, manutenção e descomissionamento de usinas eólicas offshore. Na análise ambiental, o foco foi a identificação dos potenciais impactos ambientais de cada uma dessas atividades, considerando a orientação “atividade-pressão-receptor-impacto”. No caso brasileiro, que pode ser considerada uma das primeiras aproximações à análise de impactos ambientais, procedeu-se à análise dos recursos de vento e biológicos relacionados aos impactos ambientais mais relevantes, assim como a presença da atividade de petróleo e gás natural offshore, a qual é altamente conflitante com a exploração da energia eólica offshore.

Destaca-se a importância da identificação dos impactos durante todas as etapas e atividades do projeto, levando em consideração que diferentes atividades podem gerar os mesmos impactos em distintas etapas. Os impactos mais críticos foram identificados durante a etapa de instalação, mas outros, particularmente relacionados à Avifauna, devem ser monitorados durante a operação, que pode durar entre 20 e 25 anos. A sazonalidade dos recursos biológicos é fator decisivo, portanto, já na fase de planejamento do projeto, para que sejam adotadas medidas de prevenção dos impactos. Adicionalmente, recomenda-se o investimento em pesquisa nas áreas de extrema importância biológica – presentes nos locais de melhores condições de vento e batimetria – durante a fase de planejamento, sendo necessária uma robusta e detalhada base de informações em escala local, para a adequada identificação e avaliação dos impactos ambientais.

Sob o titulo “Environmental impacts of offshore wind installation, operation and maintenance, and decommissioning activities: A case study of Brazil”, o trabalho foi publicado no volume 144 da revista Renewable and Sustainable Energy Reviews, uma das mais importantes dentre as que se dedicam à temática energia renovável, sustentabilidade e meio ambiente (percentil de 98% e quarta entre 179), segundo a classificação da Scopus Elsevier. O acesso gratuito, disponível até 19/05/2021, pode ser feito aqui.

Confira o artigo publicado por meio de assinatura nas bases de dados da Elsevier clicando aqui.

 

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16 09 Lima Noticia LTCConheça o NOVO site do Laboratório de Transporte de Carga (LTC) do Programa de Engenharia de Transporte (PET) da COPPE/UFRJ que disponibiliza o acervo de 10 anos de atividades de uma seleta equipe de alunos, pesquisadores e professores.

Estão disponíveis para download (gratuito) 12 teses de doutorado, 16 dissertações de mestrado e 11 trabalhos de conclusão de curso sobre temas que vão da sustentabilidade em logística e transporte (47% dos títulos) ao planejamento logístico, do transporte e a prática da multimodalidade (33%), passando por temas como ensino em logística e transporte (10%) e logística reversa (10%).

Você também poderá ter acesso a divulgação de 90 artigos científicos, muitos deles com download gratuito, sobre os dois principais projetos de pesquisa do LTC (sustentabilidade em mobilidade e logística e cenários prospectivos futuros para uso de energia em transportes), bem como a relatórios de 23 projetos de pesquisa concluídos, material de disciplinas correlatas e as aulas de nivelamento sobre transporte, uso de energia e impactos ambientais.

Conheça o trabalho da equipe do LTC!

Visite AQUI o site.

04 12 Lima NoticiaOs professores da Coppe/UFRJ, Suzana Kahn, Andrea Santos e Emílio La Rovere, assim como a pesquisadora do Centro Clima e pós-doutoranda do PPE, Carolina Dubeux, participarão da 25º Conferência da ONU sobre as Mudanças Climáticas (COP 25) que será realizada, de 2 a 13 de dezembro, em Madri. O objetivo é discutir os avanços na implementação do Acordo de Paris, pelo qual os países signatários se comprometeram a reduzir as emissões de (GEE), com objetivo de limitar o aquecimento global a 2ºC acima dos níveis pré-industriais. 

Às vésperas da conferência, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) anunciou que a concentração de gases causadores do efeito estufa GEE na atmosfera atingiu um recorde histórico, em 2018, ao alcançar o patamar de 407,8 partes por milhão (ppm), ou seja, 147% a mais que o nível pré-industrial de 1750.

Segundo a vice-diretora da Coppe/UFRJ, Suzana Kahn, que integra o grupo de pesquisadores que participará da Conferência, é necessário investir urgentemente na implementação de medidas, seja para mitigar as mudanças climáticas ou se adaptar a elas. “As análises econômicas mostram que é melhor gastar para reduzir emissões do que para se adaptar ao cenário de aquecimento. Além disso, os países mais vulneráveis terão uma dificuldade maior em se adaptar o que vai ampliar o fosso da desigualdade entre países ricos e pobres. Não há muita saída, vai ser muito caro enfrentar este problema, seja via mitigação, seja via adaptação”, explicou a vice-diretora da Coppe, que também é presidente do Painel do Comitê Científico do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC). 

Na COP 25, Suzana participará de uma reunião da Aliança Global de Universidades sobre o Clima (GAUC, na sigla em inglês), nos dias 8 e 9 de dezembro. Por intermédio da Coppe, a UFRJ integra a este grupo de 12 universidades, criado em janeiro, durante a reunião do Fórum Econômico Mundial, em Davos. Atualmente o GAUC é liderado pela Universidade de Tsinghua (China), parceira da Coppe Centro China – Brasil de Mudança Climática e Tecnologias Inovadoras para Energia, criado em 2009.

As instituições se reunirão para discutir como a tecnologia pode ajudar a atingir a meta de restringir o aquecimento global a 1,5ºC. A abertura será conduzida por Lord Nicholas Stern, diretor do Comitê Acadêmico da GAUC, presidente da British Academy e professor da London School of Economics and Political Science, e pelo vice-diretor geral do Departamento de Mudanças Climáticas do Ministério da Ecologia e Meio Ambiente da China, Sun Zhen. A professora da Coppe abordará as ações realizadas pela UFRJ no âmbito das mudanças climáticas. A vice-diretora da Coppe também coordenará uma reunião do PBMC, evento paralelo às atividades da COP, que reunirá especialistas para discutir a elaboração do segundo relatório de avaliação da ciência do clima, adaptação e mitigação no Brasil.

“O importante é ter uma economia de baixo carbono em qualquer que seja a atividade produtiva. Em cada país os setores mais poluentes diferem: na China é o setor

energético, no Brasil, onde as fontes renováveis predominam na matriz energética, as emissões mais relevantes são provenientes da agropecuária e do desmatamento”, explica Suzana, ressaltando que, no caso do Brasil, o reflorestamento de áreas degradadas é muito importante para criar sumidouros de carbono e neutralizar parte das emissões. Também no dia 9 de novembro, a vice-diretora da Coppe moderará uma mesa com cientistas do IPCC sobre transição energética no setor de transporte.

O professor da Coppe, Emilio La Rovere, também estará presente na Conferência. No dia 3 de dezembro ele participará do debate “Usando estratégias de longo prazo para aprimorar as NDCs: visões dos governos, bancos, especialistas e sociedade civil”, promovido pelo IDDRI e pelo New Climate Institute, think tanks internacionais em mudanças climáticas. La Rovere falará sobre a precificação do carbono como elemento-chave para o cumprimento das metas estabelecidas pelo Acordo de Paris, e sobre a utilização da receita decorrente de uma possível taxação sobre o carbono para o financiamento de políticas para geração de emprego e redução da desigualdade social. 

“O uso da receita de taxação de carbono para reduzir os impostos sobre a folha salarial impulsionaria a criação de empregos e as transferências governamentais para famílias de baixa renda permitiria uma redução gradual das desigualdades, necessária sobretudo em países em desenvolvimento, em compasso com a descarbonização da economia”, recomenda o professor.

Emilio também participará do Moving for Climate Now, uma “bicicletada” organizada pela empresa espanhola Iberdrola e pela UN Global Compact Network Spain, de Salamanca a Madri, entre os dias 26/11 e 1/12, com objetivo de gerar conscientização acerca da necessidade de se agir agora quanto às mudanças climáticas. Os participantes, especialistas internacionais em mudanças climáticas, incluindo executivos, cientistas e dirigentes de órgãos de governo e ONGs, após pedalarem de dia terão debates à tarde e à noite. La Rovere participará do trecho de 29 de novembro, na qual eles deixarão a cidade de Guadalupe, de bicicletas elétricas, até a chegada em Madrid no domingo 1º de dezembro, quando os participantes entregarão um manifesto ao Secretariado da Convenção. 
Em 4 de dezembro, Emilio integrará um Painel sobre Mecanismos Financeiros Inovadores para o Enfrentamento das Mudanças Climáticas, em debate com Alfredo Syrkis, do Centro Brasil no Clima, e o professor Jean-Charles Hourcade, diretor do CIRED, da França.

Sobre Suzana Kahn
Vice-diretora da Coppe/UFRJ, Suzana Kahn é presidente do Comitê Científico do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC). Foi vice-presidente do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), de 2008 a 2015; secretária de Mudanças Climáticas do Ministério do Meio Ambiente (2008 a 2010), e subsecretária de Estado do Ambiente do Rio de Janeiro (2010 a 2013). Em 2007 integrou o grupo de cientistas do IPCC agraciado com o Nobel da Paz pela dedicação a estudos sobre mudanças do clima e o aquecimento global.

Coordenadora executiva do Fundo Verde da UFRJ é membro do Conselho de Administração do Museu do Amanhã; do Conselho do Centro Empresarial de Desenvolvimento Sustentável (CEBDS); presidente do Conselho da BVRio, e consultora ad hoc do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.  É responsável pela área de transporte do Grupo de Mitigação do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC).

Sobre Emilio Lèbre La Rovere
Trabalhou no Departamento de Energia da FINEP de 1975 a 1988, sendo seu coordenador de 1986 a 1988, quando passou a ser professor adjunto em TI e DE no PPE da COPPE. Coordena o Laboratório Interdisciplinar de Meio Ambiente (LIMA), desde 1997, e o Centro de Estudos Integrados sobre Meio Ambiente e Mudanças Climáticas (Centro Clima), desde 2000. Foi o primeiro coordenador do Mestrado e Doutorado em Engenharia Ambiental da Coppe, de 1989 a 1997, é Professor Titular desde 2013 e Pesquisador 1A do CNPQ desde 2007. La Rovere colabora desde 1992 com o relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), vencedor do prêmio Nobel da Paz de 2007, conquistado pelo IPCC em conjunto com o ex-vice-presidente americano Al Gore. Participou em 2017 da Comissão de Alto Nível sobre Preço do Carbono, coordenada pelo prêmio Nobel de Economia Joseph Stiglitz e por Lord Nicholas Stern, iniciativa da Carbon Pricing Leadership Partnership lançada pelo Governo da França com o Banco Mundial.

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05 06 Lima Noticia poscovid-2Como parte das ações que marcaram a semana em que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente, o professor Emilio La Rovere, coordenador do Laboratório Interdisciplinar de Meio Ambiente e do CentroClima da COPPE/UFRJ, concedeu uma entrevista para a Câmara de Comércio França-Brasil sob o tema "Transição energética, investimentos em tecnologias disruptivas sustentáveis e parcerias estratégicas: quais os desafios e as possíveis ações no pós-COVID?". Inicialmente, Emilio apresenta os laboratórios que coordena, LIMA e Centro Clima, falando um pouco mais sobre as atuações que unem duas responsáveis por um trabalho importante e necessário nas áreas que representam.

Ao ser questionado sobre o tema, considerando os impactos da pandemia, a necessidade das transições ecológicas e energéticas e seu potencial de transformação, o professor destaca que "temos a curto e médio prazos os graves impactos de uma recessão de grandes proporções, sobre o emprego, a renda, as finanças públicas, além da terrível perda de vidas prematuramente devido à pandemia". Logo, os desafios surgem no que se refere a uma diminuição nos investimentos em tecnologias sustentáveis, que por vezes requerem valores iniciais mais altos, além do crescimento do trabalho remoto. Mas, para o professor, "o maior desafio está na conscientização da sociedade e sua educação para a sustentabilidade”. Dessa forma, será primordial encontrar apoios financeiros inovadores para possibilitar o caminho até uma economia mais sustentável, para que não se perca de vista esse objetivo. 

Por fim, no que se refere ao Brasil, La Rovere destaca "o maior desafio permanece sendo o de enfrentar de forma mais eficaz a pandemia e minimizar o número de mortes causadas por ela". Em seguida, será preciso criar um Plano de Retomada do desenvolvimento, levando em conta a noção de sustentabilidade, para eliminar os déficits da nossa infraestutura. Por fim, o professor ressalta que referente ao papel dos meios de comunicação, "ações valem mais do que palavras". A mídia precisa atuar difundindo as boas práticas ambientais que se tornam cada vez mais necessárias e urgentes de serem abordadas. 

Clique AQUI e confira a entrevista completa. 

29 11 Lima NoticiaDesde o dia 30 de agosto, as praias do litoral do Nordeste têm sido atingidas por manchas de óleo, configurando o maior desastre ambiental em extensão territorial ocorrido na história no Brasil. Na última semana, foram encontrados pequenos fragmentos de resíduos de óleo no litoral do Sudeste, na Praia de Grussaí, localizada no Rio de Janeiro. Material semelhante também foi encontrado em algumas praias do Espírito Santo.

O jornal O Globo preparou uma notícia sobre a questão, contando com especialistas na área. O professor Emilio Lèbre La Rovere, coordenador do LIMA, expôs sua visão acerca da demora da resposta do governo frente ao ato que, segundo o professor, configura em uma tentativa de encontrar um ‘bode expiatório’ para o problema, quando atitudes de preservação deveriam ser tomadas. Emilio também concedeu uma entrevista à BBC sobre o Plano Nacional de Contingência para Incidentes de Poluição por Óleo (PNC) e a demora em seu acionamento (para ler a notícia, clique AQUI).

O professor também contesta a afirmação do presidente Jair Bolsonaro, que afirma que menos de 10% da quantidade de óleo chegou à costa brasileira e que deveriam se preparar para o pior, mas os especialistas descartam a possibilidade da chegada de óleo cru na cidade do Rio. Para isso, seria preciso que a substância ultrapassasse um recuo na costa, na altura da Região dos Lagos e, segundo o professor, é extremamente improvável que isso ocorra. Sendo assim, Emilio afirma que o governo deveria focar nas medidas para refrear os danos causados por esse vazamento, que segundo o IBAMA, já afetou mais de 700 localidades.

Confira AQUI a matéria na íntegra.

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