O Ibama, em parceria com a Iniciativa de Apoio aos Diálogos Setoriais UE-Brasil, realizará nos dias 2 e 3 de julho em Brasília o Workshop Internacional sobre Avaliação de Impactos Ambientais de Complexos Eólicos Offshore.
O objetivo do encontro é receber contribuições de especialistas do Brasil e da Europa para o aprimoramento técnico do Licenciamento Ambiental Federal de Complexos Eólicos Offshore. Representantes da Bélgica, da Alemanha, de Portugal, da Noruega e da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) estão confirmados.
O Ibama é a instituição com atribuição legal para realizar o Licenciamento Ambiental de Usinas Eólicas Offshore no país. Atualmente o Instituto conduz 4 processos dessa tipologia.
Desde 2017, o Ibama intensifica sua agenda de capacitação e produção de documentos técnicos para orientar o procedimento de licenciamento ambiental.
Ao incorporar as melhores práticas adotadas por países da Europa, líderes mundiais no segmento, o Instituto reforça seu compromisso com o aperfeiçoamento das técnicas de análise a acompanhamento de empreendimentos eólicos offshore.
Data: 2 e 3 de julho de 2019
Local: SCEN Trecho 2, Edifício Sede do Ibama – auditório 1, Brasília (DF). Acesso pela via L4 Norte.
Autoridades Confirmadas:
Eduardo Bim - presidente do Ibama.
Lise Pate - gerente de Programa da Delegação da União Europeia no Brasil.
Thiago Barral - presidente da Empresa de Pesquisa Energética.
Jonathas Trindade - diretor de Licenciamento Ambiental do Ibama.
Thiago Barral - presidente da Empresa de Pesquisa Energética.
Palestrantes Confirmados:
Teresa Simões Esteves, PhD - Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG) de Portugal
Dr. Steven Degraer - Royal Belgian Institute of Natural Sciences (RBINS)
Juliette Leyris, Ph.D - Equinor
Johannes Dimas – Energy & Project Management
Alex Thompson - Department of Energy and Climate Change
Elisângela Medeiros - Empresa de Pesquisa Energética
Eduardo Wagner - Ibama
Sandro Yamamoto - Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeólica)
Bruna Guimarães - Universidade Federal do Rio de Janeiro
Marcos Fialho - Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres do ICMBio (Cemave)
Mario González - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
Rafael Monteiro - Perito Sênior UE - Brasil
Rodrigo Balbueno - Biolaw Consultoria
Para fazer sua inscrição, clique AQUI.
O professor Emilio Lèbre La Rovere (coordenador do LIMA/COPPE/UFRJ) concedeu uma entrevista ao portal de notícia Agence France-Presse (AFP), que fez parte de uma matéria intitulada “Santuários da biodiversidade mundial ameaçados no Brasil". A Agence France-Presse é uma agência de notícia francesa, considerada uma das mais prestigiadas no mundo. Fundada em 1835, constitui, ao lado da Associated Press e da Thomson Reuters, um dos três maiores portais de informações do globo.
Confira a matéria, na íntegra:
Rio de Janeiro, 2 Mai 2019 (AFP) - O Brasil abriga mais da metade da biodiversidade do mundo, mas especialistas advertem que santuários ecológicos como a Amazônia ou o Pantanal são ameaçados por grandes grupos econômicos, que encontraram em Jair Bolsonaro e em sua retórica anti-ambientalista um aliado.
Proprietários de terras que cortam árvores centenárias para o plantio de soja, mineiros clandestinos que poluem com mercúrio os rios vitais para as populações nativas ou traficantes de madeira que dizimam espécies preciosas, a biodiversidade sofre no país-continente.
E o perigo aumentou com a chegada ao poder do presidente Bolsonaro, eleito com o apoio do lobby do agronegócio e que prometeu acabar com “o ativismo ecologista xiita”.
“Envia uma mensagem aos agricultores e especialmente às máfias do crime organizado que ocupam as terras”, lamenta Emilio La Rovere, diretor do laboratório de estudos ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
O desmatamento, que havia caído drasticamente na Amazônia de 2004 a 2012, voltou a disparar em janeiro: + 54% em relação a janeiro de 2018, segundo a ONG Imazon.
Embora tenha diminuído em fevereiro (-57%) e março (-77%), 268 km2 de floresta desapareceram no primeiro trimestre. Nos últimos 12 meses, o desmatamento aumentou 24%.
“Antes, nós pegávamos nossa comida diretamente das árvores. Agora, precisamos plantar”, lamentou recentemente o indígena Mojtidi Arara, entrevistado pela AFP na Amazônia. Ele teve que caminhar por uma hora na mata para buscar bananas.
Estádios de futebol
“Projetos de leis preocupantes foram apresentados no Parlamento”, diz Andrea Mello, do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio).
“Um altera o chamado código florestal, com 25 emendas. Uma dessas emendas é extinguir todas as reservas legais. Seria uma área equivalente a três Estados da Bahia”, explica.
A Amazônia tem um número impressionante de espécies: 40.000 plantas, 3.000 peixes de água doce, quase 1.300 aves, 370 répteis.
É um dos últimos refúgios do rei das florestas latino-americanas, a onça pintada, mas também do boto-cor-de-rosa, ameaçados de extinção.
E continua revelando muitos segredos: em 20 anos, 2.200 novas espécies de plantas e vertebrados foram descobertos na zona.
Ainda assim, são superfícies calculadas em “campos de futebol” que desaparecem todos os dias na Amazônia. Essas áreas desmatadas são 80% ocupadas por pastagens, segundo a organização WWF.
Em muitos casos, recém-chegados simplesmente ocupam as terras – incluindo áreas de reservas indígenas e de parques nacionais – com algumas vacas, o suficiente para obter a certificação de “terra produtivas”, que permite a revenda em dez anos.
“Esta é a principal força por trás do fenômeno do desmatamento neste novo ‘Velho Oeste’ selvagem”, diz La Rovere.
No entanto, o Brasil “tem uma superfície de terras cultiváveis suficiente para aumentar a produção até o final do século sem a necessidade de tocar em um hectare de floresta”, defende.
Além disso, o desmatamento contamina os ecossistemas aquáticos e contribui para a mudança climática, emitindo milhões de toneladas de carbono na atmosfera.
Pantanal e Mata Atlântica
Menos famoso no exterior, o Pantanal (centro-oeste) é outro grande santuário de biodiversidade frágil, que possui a maior concentração de vida selvagem da América do Sul e mais de 665 espécies de aves.
O cilo de inundações que cobrem esta imensa planície todos os anos favorece a migração de espécies e a proliferação de peixes, aves, répteis e plantas.
A onça-pintada, a ariranha, a arara-azul, mas também o jacaré ou o grande tuiuiú são as atrações ecoturísticas da região.
Aqui também a biodiversidade está em perigo: desmatamento e erosão do solo, pesticidas dos cultivos de soja, pesca excessiva, represas hidrelétricas que interrompem o delicado ciclo hidráulico, a mineração e a poluição, a caça furtiva e o turismo descontrolado.
Finalmente, a Mata Atlântica é outro grande complexo de ecossistemas de florestas exuberantes que se estende ao longo do litoral de mais de 100.000 km2, de Natal, no norte, até o sul do país, e encontrado mesmo no coração do Rio de Janeiro.
Ao contrário da Amazônia, a vegetação atlântica vem sofrendo a intervenção do homem desde a colonização, depois com plantações de cana de açúcar e café, seguidas pela fragmentação com a urbanização progressiva do litoral.
“Hoje, 20% da floresta amazônica foi desmatada, mas apenas 15% da floresta atlântica sobrevive”, diz La Rovere.
Mas a medida que a Mata Atlântica é reflorestada, espécies em perigo de extinção como o mico-leão-dourado, vão se recuperando.
Por isso é importante continuar o esforço feito principalmente pelos “estados (mais ricos) do Sudeste.
Fonte: https://www.afp.com
A matéria também foi exibida em outros portais de informações:
Isto É - (02/05) - Santuários da biodiversidade mundial ameaçados no Brasil
Destak Jornal - (02/05) - Santuários da biodiversidade mundial ameaçados no Brasil
Dom Total - (02/05) - Santuários da biodiversidade mundial ameaçados no Brasil
UOL Notícias - (02/05) - Santuários da biodiversidade mundial ameaçados no Brasil
A partir de Abril de 2019, acontecerá o curso de extensão "Gestão em energias renováveis", que contará com a presença do Prof. Dr. Emilio Lèbre La Rovere, coordenador do LIMA e a Profa. Dra. Carolina Dubeux, pesquisadora do LIMA em Pós-Doutorado no PPE/COPPE/UFRJ, como parte do corpo docente, lecionando sobre Gestão Ambiental e Comércio de Emissões. O curso tem como objetivo formar profissionais com uma visão ampla sobre as tecnologias de geração de energia por fonte renovável e proporcionar a estes, ao final do curso, os conhecimentos e as aptidões úteis para resolver problemas práticos e desenvolver projetos no âmbito do aproveitamento das fontes renováveis de energia. Orienta-se, portanto, a atender às necessidades formativas específicas na área de geração e distribuição de energia elétrica a partir de fontes e tecnologias de aproveitamento dos recursos renováveis, com ênfase nas tecnologias solar, eólica e biomassa, além dos conhecimentos necessários para a comercialização das referidas fontes de energia.
Informações gerais:
Local: Centro do Rio de Janeiro;
Início: Abril de 2019;
Dias e horários: Terças e Quintas (18h às 22h).
Principais características do curso:
Turmas de 15 a 30 alunos;
Ao término do curso de aperfeiçoamento será fornecido ao aluno um certificado de conclusão emitido pela COPPE/UFRJ e uma certificação pela AHK Rio de Janeiro, observando-se a frequência mínima de 75% e aproveitamento com nota mínima 7 (sete) nas avaliações de cada módulo de atividades acadêmicas e também no Trabalho de Monografia.
Para saber mais sobre o evento, acesse AQUI.
Nos dias 4, 5 e 6 de abril, a comunidade universitária da Universidade Federal do Rio Janeiro (UFRJ) escolheu Denise Pires de Carvalho para assumir a reitoria da instituição. A eleição não possui vinculação formal com a decisão final, que deve ser realizada pelo Presidente da República, nesse caso, Jair Bolsonaro. No entanto, tradicionalmente, a decisão popular costuma ser considerada nesse processo.
A chapa 10, eleita em primeiro turno, é composta por Denise Pires de Carvalho, professora do Instituto de Biofísica e por seu vice Carlos Frederico Leão Rocha, professor do Instituto de Economia. O segundo lugar ficou com a chapa 40, apoiada pelo atual reitor da UFRJ, Roberto Leher, e é composta por Oscar Rosa Mattos, da Escola Politécnica da COPPE/UFRJ e pela professora Maria Fernanda Santos Quintela da Costa Nunes, do Instituto de Biologia. A chapa 20, que ficou com o terceiro lugar, é liderada por Roberto dos Santos Bartholo Junior, da COPPE/UFRJ e da Faculdade de Letras e João Felippe Cury Marinho Mathias, professor do Instituto de Economia.
Os votos foram divididos percentualmente entre professores, técnicos e alunos, de forma que cada segmento ficasse com um terço do total. As chapas 10, 40 e 20 tiveram, respectivamente, 24,66%, 17,68% e 4,83% dos votos possíveis. Para ser encerrada no primeiro turno, a chapa em primeiro lugar deveria ter um total de votos superior à soma da votação das outras chapas, mais brancos e nulos.
Durante as eleições, Denise afirmou que o seu foco será manter a universidade aberta, sendo necessária uma revisão e um possível corte nos gastos. Em suas palavras, “é preciso planejar, priorizar e cortar” e posteriormente, se for possível, tentar um aumento de orçamento. Também garantiu uma maior atenção às estruturas da instituição, visto que foi a única candidata dentre os três que atribuiu a culpa do incêndio do Museu Nacional à gestão da UFRJ. Além disso, também salientou os problemas deixados pelos dois outros incêndios que acometeram a universidade, no prédio da Reitoria e no Alojamento Estudantil. O fato dessas consequências ainda não terem sido resolvidas, para Denise, reflete certa negligência da gestão.
No dia 30 de abril, o Colégio Eleitoral da UFRJ se reunirá para compor uma lista tríplice para ser enviada ao Governo Federal para nomeação da Reitoria. Tradicionalmente, as chapas não eleitas costumam abdicar de sua participação nessa lista, respeitando a vontade popular expressa na pesquisa. Porém, outros candidatos podem entrar na disputa mesmo sem ter participado da eleição anterior.
O Laboratório Interdisciplinar do Meio Ambiente (LIMA) recebe o estagiário Alexis Baudin, estudante da pós-graduação no ENS-Cachan / CIRED, com pesquisa focada em "Environmental, Social and Economic impact assessment of contrasted energy scenarios in Argentina". Para cumprir com o estágio, Alexis passará um mês no Centre International de Recherche sur l'Environnement et le Développement (CIRED), na França, e cinco meses no LIMA de abril até o final de agosto de 2019.